A Informatização da Construção: Sistema RFID

Era da Informação” ou “Era digital” são termos frequentemente utilizados para nomear os avanços tecnológicos advindos da Terceira Revolução Industrial, que culminaram na difusão de um ciberespaço, um meio de comunicação instrumentalizado pela informática e pela internet. Dessa forma, assim como vemos nas demais indústrias, as construções necessitam de inúmeros dados que podem se apresentar de diversas formas, como: desenhos, planilhas de composição de custos, relatórios orçamentários, gráficos, diagramas de programação, contratos, dentre outros.

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No entanto, a indústria possui uma grande diferença em relação à construção no que concerne a percepção da importância de tais informações, seu processamento e transferência. Nesse cenário, a tecnologia da informação (TI) ganha destaque, devido a um importante papel relacionado à logística das empresas construtoras que procuram aumentar a eficiência de processos e a produtividade dos serviços. Dentro das construções qualquer atividade produtiva necessita de equipamentos, matérias-primas, componentes, e serviços para que possam operar e, neste ciclo, antes de dar início à primeira operação, os materiais e insumos gerais devem estar disponíveis, mantendo a certeza da continuidade de seu abastecimento com a finalidade de atender as necessidades da obra.

Tendo em vista esses aspectos, é necessário conhecer o trajeto da informação dentro da organização, fato que só é possível por meio do estudo do fluxo informativo que permitem uma avaliação de eficiência ou desempenho. Para isso, diversos softwares e equipamentos foram criados, visando a industrialização da construção civil e o aumento da produtividade do setor.

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O RFID (Radio-Frequency IDentification), exemplo de software utilizado, é uma tecnologia em que você tem a captura, a leitura e a gravação das informações através de ondas de rádio a uma certa distância. Com bastante importância para o controle de materiais e do fluxo de pessoas, o RFID é um grande aliado dos canteiros de obras por obter uma melhoria no desempenho dos fornecedores, economia no fluxo de caixa, redução de armazenagem e manuseio no canteiro, aumento da produtividade da força de trabalho e melhoria no cronograma do projeto, como veremos a seguir.

COMO FUNCIONA

Um sistema de RFID é composto, basicamente, de uma antena, um transceptor, que faz a leitura do sinal e transfere a informação para um dispositivo leitor, e também um transponder ou etiqueta de RF (rádio frequência), que deverá conter o circuito e a informação a ser transmitida.  Estas etiquetas podem estar presentes em pessoas, animais, produtos, embalagens, enfim, em equipamentos diversos.

Assim, a antena transmite a informação, emitindo o sinal que é captado pelo leitor. Esse, por sua vez, converte as ondas de rádio do RFID para informações digitais e retransmite o sinal captado. Agora, depois de convertidas, elas poderão ser lidas e compreendidas por um computador para então ter seus dados analisados. Dessa forma, é possível saber exatamente onde a etiqueta (que estará presente na pessoa ou material a ser analisado) se encontra na extensão de toda a obra.

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APLICAÇÕES NA ENGENHARIA CIVIL

Já foi comprovado que o uso de automação em canteiros de obras proporciona melhorias significativas no processo de logística de materiais. Uma obra de refinaria na Austrália implantou o sistema RFID visando rastrear os recursos utilizados de modo a garantir que não haja perdas ou atraso das atividades devido a falhas na comunicação, que convencionalmente envolve telefonemas, mensagens e inclusive papel.

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Numa obra de grande porte como a dessa refinaria, pode acontecer de ativos de grande valor agregado não poderem ser encontrados, causando prejuízos consideráveis e forçando a interrupção de alguma tarefa especializada até que a ferramenta ou material seja localizado ou mesmo substituído para que se possa dar continuidade ao trabalho. Segundo Henk de Graaf, diretor da Industrial Automation Group, manter o controle total remotamente de uma obra de grande porte como a da refinaria é extremamente difícil e ao mesmo tempo é essencial manter o controle dos custos e prazos. Nesse contexto a tecnologia RFID pode atuar como uma ferramenta aliada, ainda que sua implantação não seja tão simples na medida que exige grande quantidade de leitores robustos o suficiente para sobreviver às condições adversas a que são expostos (no caso da refinaria que será instalada na Austrália, a temperatura pode chegar a 51°C), apresentando então um custo razoavelmente elevado.

O sistema de automação também pode ser usado em obras para gerenciamento de riscos que comprometam a segurança dos trabalhadores. Engenheiros e técnicos de segurança não conseguem coordenar todas as atividades 100% do tempo de sua duração, então na maioria das vezes a aplicação das normas de segurança ficam por conta dos próprios trabalhadores. Nesse contexto, seria altamente interessante um sistema de apoio ao trabalho desses profissionais, que garantisse atualização automática integrada às atividades da obra, bem como o acompanhamento do desenvolvimento dessas tarefas, propiciando aos profissionais responsáveis pela segurança um sistema onisciente e semiautomático de gerenciamento da construção em tempo real. Esse acompanhamento pode ser feito instalando um tag de RFID na roupa de cada um dos funcionários, que podem então ser monitorados através de um sistema wireless de sensores espalhados por toda a obra em pontos estratégicos.

Uma pesquisa de Giretti; Carbonari; Naticchia; Graassi (2009) da Universidade Politécnica de Marche descreveu o uso da tecnologia UWB (Ultra Wide Band), composta pela tecnologia integrada de RFID e GPS para monitoramento de trabalhadores, podendo realizar o mapeamento de seu comportamento para então prever suas ações e com isso é possível evitar situações de risco na obra. A partir do registro de percursos mais frequentes, é possível dar prioridade para a sinalização de áreas inseguras escolhidas pelos próprios trabalhadores como trajetória. Também é possível saber quando alguém se aproxima de uma área de maior risco, sendo possível então, orientá-lo devidamente.

Infelizmente, a utilização de tecnologias de informação e automação nos canteiros de obras no Brasil é muito baixa por inúmeros motivos, que vão desde limitações técnicas até a resistência cultural e falta de visão do uso estratégico por parte dos profissionais, persistindo, ainda, altos índices de desperdícios e improvisação. Deve-se ressaltar que a utilização de tecnologia no canteiro de obras exige a qualificação de profissionais, sendo necessário o investimento em treinamentos.

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Fontes: Mundo Educação / Blog MetalCivil / Tecmundo

PICCININI, Isabela Dellalibera. Sistema RFID e Aplicações na Engenharia Civil. 2013. 3 f. TCC (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2013.

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